O melhor presente que se pode dar a alguém é o incentivo. No entanto, raramente recebe-se o necessário para atingir o seu potencial pleno. Se todos recebessem o incentivo necessário para crescer, o lado genial de cada um floresceria, e o mundo produziria em abundância, muito além do que poderíamos imaginar.--Sidney Madwed
* Muitas vezes nós subestimamos o poder de um toque, de um sorriso, de uma palavra amável, de um ombro amigo, de um elogio sincero, ou do menor ato de interesse genuíno, atitudes com o potencial de transformar uma vida.--Dr. Leo Buscaglia * Charles Schwab, bem sucedido empresário, disse, “Estou para ver a pessoa, por mais alta que seja a sua posição, que não tenha se esforçado mais e cujo desempenho não tenha melhorado com aprovação em vez de críticas”. Todos desejam e precisam ser confirmados por suas realizações. Um jovenzinho jogando dardos com o pai disse, “Vamos jogar dardos. Eu jogo e o senhor fala ‘ótimo!’”. É isso o que alguém [a pessoa que incentiva e encoraja] pode fazer pelos outros. A nossa tendência é nos tornarmos o que a pessoa mais importante na nossa vida acha que nos tornaremos. Pense o melhor, acredite no melhor, expresse e revele o que há de melhor nas pessoas. Confirmar os crianças não só o aproximará mais deles, mas ajudará você a desempenhar um papel importante no desenvolvimento pessoal de cada um. --John C. Maxwell ( Do livro Be a People Person: Effective Leadership Through Effective Relationships). * O filme O Preço do Desafio relata a história de Jaime Escalante, um imigrante boliviano que dava aulas na escola secundária Garfield, no centro de Los Angeles. Ele alcançou resultados impressionantes com alunos reconhecidamente difíceis. Uma história que o filme não mostra é a do “outro cara”. Escalante tinha dois alunos na mesma turma chamados Johnny. Um só tirava a nota máxima, e o outro a mínima. O primeiro era de fácil convivência, colaborava com os professores, se esforçava e era popular com os colegas. O Johnny das notas péssimas andava de cara feia, bravo, não colaborava, perturbava, e, no geral, não era benquisto por ninguém. Uma noite, na reunião de pais e mestres, uma mãe, toda animada, se aproximou de Escalante e perguntou, “Como está indo o meu Johnny?” Escalante achou que a mãe do Johnny nota baixa não faria tal pergunta, então explicou, escolhendo as melhores palavras, a situação do Johnny nota alta, dizendo que ele era um aluno maravilhoso, popular com os colegas, que colaborava com os professores, se esforçava bastante e com certeza chegaria longe na vida. No dia seguinte, de manhã, o Johnny nota baixa se aproximou do professor e disse, “Muito obrigado por tudo o que o senhor disse a meu respeito para a minha mãe. Eu vou me esforçar bastante para isso se tornar realidade.” No final daquele bimestre, ele já tinha se tornado um aluno com notas razoáveis, e no final do ano letivo estava no quadro dos melhores alunos da escola. Se tratarmos nossos filhos como se elas fossem “o outro Johnny”, existe uma imensa probabilidade de realmente melhorarem o seu desempenho. Alguém disse, acertadamente, que mais pessoas alcançaram êxito por causa de encorajamento do que de implicância. Esse exemplo nos faz pensar o que poderia acontecer a todos os “outros Johnnys” do mundo, se alguém dissesse algo positivo a seu respeito.—Zig Ziglar
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Que adulto já não observou uma criança brincando toda feliz e, por um momento, desejou voltar a ser criança? Elas parecem tão felizes, tão em paz, sem nenhuma preocupação no mundo. As crianças riem por nada, desfrutam do que fazem e ficam empolgadas com as coisas mais simples. Geralmente, as pequenas preocupações raramente duram mais do que alguns minutos ou uma hora. Elas provavelmente passam muito mais tempo do que você sendo felizes e curtindo o que gostam.
Por que as crianças parecem ter tanta paz de espírito? Obviamente a sua carga de trabalho é bem menor. Mas não é essa a razão da sua paz de espírito. Não é tanto a ausência de trabalho como a quase total ausência de medo do futuro. Quanto mais jovem a criança, menos ela se preocupa com o futuro. À medida que cresce, tem contato com mais problemas e pressões, e então começa a se preocupar um pouco com o boletim escolar; depois começa a se olhar no espelho e se perguntar se vai ficar feia quando crescer. Vai chegando à idade adulta e então aumentam as preocupações com o futuro. E em alguns casos isso começa a embotar a empolgação com as coisas mais simples da vida. E quando menos espera, a criança se tornou uma adulta cheia de responsabilidades e muitos temores e preocupações. Infelizmente, medo e preocupação sobre o futuro tornam-se parte da vida de um adulto em diferente graus, dependendo da tendência que a pessoa tem de se preocupar. Algumas pessoas têm mais responsabilidades, mas não se preocupam tanto. Outras são mais temerosas por causa de sua personalidade; outras temem e se preocupam mais devido a experiências negativas passadas, mas no final das contas todo o mundo se preocupa de vez em quando. Todos têm que lidar com seus temores e preocupações regularmente, quer relacionados com o trabalho, quer com os filhos, a saúde ou o emprego. Obviamente não é possível se tornar uma criança a ponto de não ter responsabilidades ou trabalho e só ficar brincando de “faz-de-conta” o dia inteiro. Mas ainda assim pode aprender com o exemplo das crianças de viver mais o momento e desfrutar das coisas simples da vida. Aqui estão alguns exemplos de alegrias simples da vida que muitas vezes passam despercebidas:
Desfrute da vida na sua totalidade, não em pequenos e fortes picos de prazer. Passe tempo rindo com outros, amando as pessoas, não dando ordens, resolvendo problemas ou competindo com elas. Ame, viva e desfrute de algo cada dia. Todos os dias! © TFI. Usado com permissão. Escrito por Marie Claire
Uma semana antes de Tristan completar quatro anos, conversei com ele sobre como havia crescido no último ano, quanto havia aprendido e que eu me orgulhava muito do seu progresso. Depois falamos de como ele gostaria que fosse a festa e, como de costume, deixei ele escolher o motivo do bolo. O último foi no formato de “lagarta”, pois na época ele vivia fascinado com os insetos. Não foi difícil. Bastou alinhar vários pedaços de bolo em forma de lua crescente com cobertura multicolorida bem chamativa. Eu esperava que para este ano ele escolhesse algo igualmente simples, então imagine minha frustração quando, depois de ele consultar um livro com idéias criativas para bolos infantis, escolheu o motivo “cavaleiros e castelo”. Olhei para o desenho detalhado, li a explicação e senti que estava dando um passo maior que a perna. Mas Tristan queria muito um bolo de castelo, com cavaleiros e tudo o mais. Logo chegou o dia do aniversário e me pus a trabalhar no bolo. Livro na mão, tentei ao máximo seguir as instruções, mas logo percebi por que havia apenas o desenho de um bolo-castelo, não uma foto, como na maioria dos outros exemplos. A distância entre o conceito e o produto era como um golfo no qual me vi primeiro à deriva e, depois, indo a pique. O bolo ficou torto, a cobertura não tinha muita aderência e cada torre saiu de um tamanho. Como não achei cavaleiros medievais de brinquedo, apelei para um boneco de Lego sobre um cavalo. Senti-me sob pressão e desencorajada! Coitado do Tristan, pensei. Ele vai ficar tão decepcionado. Ele não vê a hora do aniversário e há uma semana não pára de falar do seu bolo em forma de castelo com cavaleiros. E olhe só o que ele vai receber! As coisas nunca saem como quero! Tristan vai ficar muito infeliz quando encontrar a versão que a mãe dele criou do bolo dos seus sonhos! Finalmente terminei minha tarefa, procurando adicionar uns toques finais, tais como bandeirinhas de papel, biscoitos no alto dos muros, que deveriam imitar pedras, mas que teimavam em não ficar nas posições designadas e o “gramado” feito de coco ralado tingido com anilina para ser verdinha, mas que ficou de uma cor meio verde-musgo enlameado. Estava pronto, mas eu tinha vontade de chorar. Limpei tudo o que tinha sujado e decidi que seria melhor deixar o aniversariante ver o bolo, para lhe dar a chance de se preparar para o constrangimento que passaria diante dos amigos na hora da festa. Observei atenta sua expressão e orei para saber o que dizer para animá-lo e ajudá-lo a não ficar tão chateado. Tristan arregalou os olhos surpreso, esticou um sorriso de orelha a orelha e exclamou: “Puxa, mãe! Que legal! Exatamente como eu queria!” Quase desatei a chorar quando o vi examinar o bolo todo, inspecionando cada parte e garantindo que estava do jeitinho que ele queria. Terminada a vistoria, correu para me abraçar e agradecer pelo bolo. Então, levou a mão à boca, como se fosse me contar um segredo. Inclinei-me para escutar. “Eu te amo!” — disse, e correu para contar aos amigos tudo que acabara de ver. Fiquei ali sentada, pensando naquela experiência. Aprendera em poucos minutos uma lição que pode demorar uma vida inteira. Quantas vezes as coisas na minha vida aconteceu de maneira diferente das minhas expectativas? Quantas vezes meus sonhos se realizaram de maneira um pouco torta, assimétrica e incompleta? E quantas vezes questionei Deus, não aceitando nem valorizando o que Ele havia feito por mim? Oh, que eu aprenda a ver a vida pelos olhos de uma criança — cheia de fé, esperança, amor e de maneira positiva, em vez de reparar nas imperfeições. Que eu possa aprender a ver o lado bom e maravilhar-me com as coisas! Demorei naquele momento mágico tanto quanto pude, sorvendo a cena do bolo deformado e o frescor da terna reação de meu filho. Pedi perdão a Deus pela minha atitude negativa para com a vida que eu manifestara não fazia muito, e orei que me ajudasse a ver as coisas da maneira que meu filho viu aquele bolo. Então, o inusitado aconteceu. Comecei a ver o bolo como uma caricatura e passei a gostar dele! Mas o melhor e mais importante é que Tristan gostou. E, afinal, o aniversário era dele. Originalmente publicado na revista Contato. Usado com permissão. A.A. Aos oito anos, no início dos anos 1980, eu era uma asmática magricela, e me lembro bem quando uma antiga amiga da família me contou, durante uma visita, que cuidara de mim quando eu era bebê. Isso me fez sentir como se houvesse um elo especial entre nós. Enquanto ela e meus pais relembravam os velhos tempos, ajoelhei-me atrás dela e, quieta, fiz uma trança em seu cabelo cor de mel. Minha primeira tentativa resultou em uma trança frouxa e torta, mas quando a terminei e lhe perguntei se havia gostado, ela respondeu: “Está linda! E é o ideal para um dia quente como este. Muito obrigada.” Para uma menina de oito anos que não se achava capacitada para muitas coisas, aquilo me deu um senso de valor próprio e me ensinou como é gratificante ajudar os outros em pequenas coisas. Passou-se um ano, talvez dois e, ainda na Índia, fomos passar o dia em uma “montanha” na cidade onde morávamos, que tinha mil degraus de pedra. Minha asma me obrigou a parar várias vezes para descansar, mas valeu o esforço. Ao chegarmos ao cume, conhecemos um fascinante museu antigo que em tempos passados fora um palácio magnífico, e preservava o estilo arquitetônico da realeza daquela época, com os cômodos totalmente mobiliados, os jardins viçosos e perfeitamente mantidos. No dia seguinte, quando a professora nos pediu para escrever uma redação sobre a excursão, fiquei completamente absorta no esforço de registrar minuciosamente cada acontecimento do dia: a escalada pela encosta da montanha, os macacos que vimos no caminho e que pegaram amendoim de nossas mãos, a imensa estátua de um guerreiro com feições assustadoras à entrada do palácio e cada detalhe do local. Gostei da minha redação e a minha professora também, mas ela me explicou com muito tato que é melhor não começar cada frase com “então” e sugeriu algumas alternativas que me agradaram. Aquela crítica construtiva me ensinou o que para mim era um novo conceito, e aquela ajuda e ânimo que recebi naquele dia me impulsionaram na minha carreira de escritora e editora. Portanto, seja você pai, professor ou apenas alguém “que está por perto”, jamais subestime a sua influência nas crianças com as quais divide o seu mundo. Às vezes, basta um sorriso de aprovação ou uma palavra de encorajamento para mudar uma jovem vida, e você colherá o amor que semear. O que muitas pessoas não percebem é que o mundo de amanhã será o resultado das ações dos adultos de hoje, o fruto do que escolhem oferecer ou reter à próxima geração. — David Brandt Berg Publicado originalmente na revista Contato. Usado com permissão.
[Esta é uma pequena ficção publicada anteriormente em um seminário para educadores. Trata da influência positiva que os professores podem ter no futuro dos alunos. A lição também se aplica a pais e cuidadores de crianças.] O meu dia tinha sido longo e cansativo, algo normal para mim, o principal professor de matemática numa escola de segundo grau que, na época, era considerada moderna, na região leste de Londres. A maioria dos alunos naquele tipo de escola geralmente fazia cursos de trabalhos manuais, ou ofícios, o que hoje em dia se chamaria de curso profissionalizante, em vez de matérias acadêmicas. Seja como for, tinha alguns alunos que precisavam ficar para aulas de reforço toda quinta-feira por uma hora e meia depois do horário de saída, que terminava às quatro da tarde. Nesta semana em particular, eu estava de plantão. Eu, assim como os alunos, estava incomodado por ter que ficar além do horário. O professor de plantão é quem tinha que coordenar ou sugerir atividades enquanto eles ficavam nas carteiras. Sendo assim, os deixávamos fazer o que quisessem, dentro de um limite, já que geralmente não nos sentíamos na obrigação de trabalhar mais. Os professores mais conscienciosos colocavam sua correspondência em dia e coisas assim, mas a maioria de nós normalmente ficava sentado à mesa lendo o jornal. Como eu, a essa altura, já estava com a cabeça e os nervos sobrecarregados, me contentava em fazer palavras cruzadas ou ficar olhando pela janela. Naquele dia, estava admirando o por-do-sol. A cada quinze minutos ou algo assim, cumpria a minha obrigação de passar pelas carteiras e observar se os alunos não estavam aprontando alguma. Foi quando me deparei com Pamela Lumley. Ela tinha quinze anos. Com os cotovelos em cima de um livro de exercícios aberto, ela cobria o rosto com as mãos. Era minha aluna de matemática da oitava série, uma jovem trabalhadora que morava na periferia, em Bermondsey. Estava de castigo porque foi pega fumando no banheiro. — Tudo bem, Miss Lumley? — perguntei, não esperando uma resposta e nem querendo ser incomodado com uma. Ela olhou para cima com o nariz escorrendo e os olhos vermelhos. Era óbvio que tinha chorado. — Eu não consigo aprender — ela lamuriou com o típico sotaque nasalado da região onde morava. — Aprender o quê? — Isto aqui… — ela respondeu, apontando com uma unha suja para uma página cheia de números feitos a lápis, emoldurados por rabiscos de flores e outros desenhos no seu encardido livro, cheio de orelhas. No meio de tanto rabisco, decifrei que ela tentava resolver um problema de matemática. — É dever de casa — ela explicou, remexendo o cabelo pretinho feito carvão. Há muito eu tinha desistido dessa garota, e mal conferia seus exercícios, que dirá seu “devê” de casa, como ela dizia. Em alguns meses ela ia sair da escola mesmo, se formar e viver — assim eu presumia — às custas de algum programa da Previdência Social. Pelo que eu entendia, matemática e qualquer outra habilidade acadêmica simplesmente não era o talento da garota. — Olha, continue se esforçando, Miss Lumley, — eu disse, olhando para o meu relógio. — Ainda faltava uma hora e dez minutos. De repente, para surpresa dela e minha, sem pensar, peguei o livro de exercícios e voltei à minha mesa. Comecei a folhear aquela ilegível confusão matemática escrita a lápis, de autoria da torturada Pamela. Parei na página onde ela estava, ainda úmida por causa da lágrima que pingara e borrara as orientações. Você talvez ache fácil, considerando a minha eloquência, mas não sei como descrever o que senti naquele momento. Era como se o mundo de Pamela Lumley se tivesse desvendado para mim e todo rabisco que ela fizera com muito custo, usando aquele toco de lápis grudento, e formando uma tela de hieróglifos representando a sua vida em um pardieiro nos fundos de Bermondsey, com uma angustiada mãe divorciada que vivia à base de calmantes. Na ocasião, eu não teria descrito como sobrenatural o sentimento que tomou conta de mim. Mas agora estou convencido que foi exatamente isso. Não sei por que, mas senti tanta vontade de chorar que o meu coração doía. No entanto, Pamela, à sua carteira, me observava esperando uma reação. — Preciso tomar um pouco de ar — avisei, sem conseguir falar direito. — Mi-Miss Lu-Lumley, poderia, por favor monitorar a sala por um momento? — Ela ficou chocada, como o resto dos alunos, e eu também, com as minhas palavras. Seu rosto reluziu, e ela me agradeceu. Tranquei-me no banheiro, sentei e chorei. Não entendia, mas me sentia estúpido e vulnerável, mas ao mesmo tempo era uma sensação maravilhosa. Acho que fiquei ali uns dez minutos, filosofando em silêncio, tentando entender aquela emoção. Mas não cheguei a lugar nenhum com a minha análise, até que de repente, me veio um insight da minha pessoa: soberbo, cínico, sarcástico e perspicaz, e um intelectual detentor de uma sofisticada grande parcela de conhecimento. Não me senti muito bem com essa visão. Ficou fácil odiar minha atitude e, concluí tristemente, era fácil os outros fazerem o mesmo. No entanto, saí dali decidido a continuar com aquela emoção no coração. Evitando olhar no espelho, lavei o rosto e voltei à sala de aula. — Todos se comportaram, Miss Lumley? — perguntei sorrindo. — Ah, foram todos muito bonzinhos! — ela respondeu com uma risadinha marota. — Que bom! Por favor, venha até aqui e vamos dar uma olhada neste problema. Pamela ficou desconcertada. Parecia que ia começar a chorar de novo. Mas caminhou bravamente até à minha mesa. Eu lhe mostrei para puxar uma cadeira, e ela sentou-se ao meu lado. — Sinto muito, fessó, mas não vai adiantá nada me explicar. Eu num entendo. — A solução é bem simples — eu disse gentilmente. — Como se chama esta flor que você desenhou aqui? Os olhinhos de Pamela Lumley reluziram. — É uma campánula. Mas isso não tem nada a ver com o meu problema de matemática. — Eu sei. E esta aqui é obviamente uma flor de açafrão. — É mesmo. — E esta outra? — É um coração-de-maria, a favorita da minha mãe. Mas e daí…? — Esta aqui você desenhou várias vezes, mas depois rabiscou em cima. — Ah. É um cravo-de-amor, a flor que eu mais gosto. Mas não consigo desenhar direito. Tá vendo como são as pétalas? Balancei a cabeça. — Sabe, fessó, pra mim é difícil desenhar as pétalas da maioria das flores. O coração-de-maria é claro que é a mais fácil. Abrindo a gaveta da mesa e remexendo, encontrei um gabarito de formas geométricas. Expliquei que não era desenhista. — Mas me parece que o formato desta pétala é trapezóide. Está vendo? — É verdade. — E esta aqui é meio hexagonal, sabe, seis lados. E esta, sem dúvida é um rombo, um losango. — É mesmo. Olhando assim fica fácil entender. — Dá para ver que você ama flores, Miss Lumley. — Amo mesmo. Mas não tenho nenhuma. A minha casa não tem jardim. É escura. Virei algumas páginas no seu livro de exercícios e vi que ela tinha tentado fazer um desenho usando duas formas diferentes. — É mesmo. Minha mãe ia me dar um kit de bordado de aniversário. Ela ficou muito triste, porque não tinha dinheiro para isso. Mas não tem problema, eu entendo. Eu ia bordar uma toalhinha de mesa com cravos e coração-de-maria misturados, para dar pra ela de Natal. — Entendo. — Bem, fessó, depois que eu arrumar um emprego, depois que terminar os estudos, acho que vou conseguir comprar. — Ótimo, Miss Lumley. Pode voltar para a sua carteira. — Disse eu, reparando as risadinhas e sussurros entre os outros alunos. — Pode ficar com isto. Espero que a ajude no seu projeto. — disse ao lhe dar o gabarito com as formas, o qual ela aceitou com um grande sorriso, agradecendo. *** O último dia de aulas chegou. A maioria de nós estava animadíssimo com as seis semanas de férias. Mas, alguns dos alunos que não voltariam às aulas estavam um pouco ansiosos em pensar que iam ter que arranjar um emprego em tempo integral. Pamela era um deles. A sala de aula estava vazia. Eu trancava a minha gaveta naquele último dia, quando Pamela bateu no vidro da porta. Fiz sinal para que entrasse. Ela se aproximou com lágrimas nos olhos. — Eu queria me despedir, fessó. Brigada por tudo. Tudo? Desde aquele dia de aula de reforço eu tinha demonstrado apenas um mínimo de interesse pelo progresso evidente que ela fizera nos desenhos de flores, apenas meneando a cabeça quando passava pela sua carteira, onde ela deixa o gabarito de formas geométricas à vista e o livro de exercícios para eu conferir. Nós praticamente não nos falávamos, apenas trocávamos um sorriso ou um aceno de cabeça de vez em quando. — Até logo, Miss Lumley. Tudo de bom… boa sorte na carreira que for escolher. — Muito obrigada, fessó. Acho que consegui um emprego de caixa no supermercado. Pelo menos por agora. É bom porque vou ter que praticar bastante fazer contas! O silêncio era desconfortável. Olhei para minha valise semi-aberta. Tinha que seguir com a decisão que tomara aquela manhã. Tirei dali um embrulho de presente com um grande laço e o entreguei a Pamela. — Pode abrir agora, se quiser, ou esperar até chegar à casa. — Falei baixinho. Primeiro ela hesitou, mas deixando-se dominar pela curiosidade foi logo rasgando o papel. Ela ficou de queixo caído! Enquanto Pamela balançava a cabeça totalmente surpresa com o presente, expliquei: — Não sei por que, mas precisei de muita coragem para ir à loja de armarinhos explicar que precisava de um kit de bordado para uma “amiga”! — Mas fessó. Não precisava… — Talvez não, Miss Lumley. Pra dizer a verdade, eu comprei naquele mesmo fim de semana em que lhe expliquei sobre as formas geométricas. Mas nunca tive coragem de lhe entregar. Ficou aqui na minha gaveta este tempo todo. Acho que foi bem arriscado esperar até hoje, mas pensei em lhe dar se você viesse, por livre e espontánea vontade, se despedir. Mas acho que se não viesse eu enviaria pelo correio. Vi então aquele rosto branquelo e tenso se desmanchar em lágrimas. Demorou um pouco para Pamela conseguir falar de novo. — Muito obrigada mesmo, fessó. Eu nunca vou esquecer este presente. *** No ano seguinte, por causa de um problema de coração, o médico me aconselhou a sair de Londres. Fui trabalhar como vice-diretor de uma escola geral perto de Aberdeen, na Escócia, onde fiquei por vinte anos, até me aposentar aos sessenta e dois anos de idade. Até que vivi bastante, pensei, levando em consideração a previsão dos médicos. Seja como for, no meu último dia de trabalho, aconteceu uma “coincidência” bem estranha. Tinham feito uma despedida para mim em uma pub ali perto, onde, posso dizer com alegria, pude desfrutar do apreço sincero dos professores com quem trabalhei, e de alguns ex-alunos das duas últimas décadas. Tive que pedir licença e me retirar, de tão emocionado que fiquei, pois comecei a passar mal, igualzinho o que aconteceu um dia na escola na região leste de Londres. Edith Standwell, uma das professoras mais jovens, me fez o grande favor de me levar para casa, um apartamento de um quarto em frente à praça da cidade. Ela queria ajudar. No início hesitei. Afinal, eu era um solteirão convicto. Mas mudei de ideia e aceitei a oferta. Ela então me acompanhou até o apartamento. Para minha surpresa, encontrei na caixa de correio um embrulho, que só fui abrir ao chegar lá em cima. Tinha um livro de capa dura e uma carta. Preocupada comigo, Edith Standwell me colocou sentado em uma poltrona confortável e ficou por ali atenta. Explicando onde estavam as coisas na cozinha, aceitei o chocolate quente que se ofereceu para fazer, e comecei a ler a carta. Caro Professor, O senhor talvez fique surpreso com esta carta, pois já se passaram vinte anos desde que nos vimos. Eu estava pensando que o senhor provavelmente vai se aposentar em breve. Olha, para ser sincera, desculpe eu ser tão direta, mas nem sei se ainda está vivo. Seja como for, voltei à minha antiga escola o outro dia e peguei o seu endereço com o Sr. Wills, o antigo professor de geografia, que agora é o diretor. Olha, queria lhe enviar um livro publicado recentemente sobre bordados e desenhos de flores, escrito por mim mesma (com muita ajuda de um editor, é claro, porque minha gramática continua deixando muito a desejar). Uma grande “contribuição” para a literatura, não acha? Pamela Lumley tem um bestseller na W. H. Smith, a maior rede de livrarias da Inglaterra! Seja como for, coloquei uma dedicação para o senhor, porque, afinal de contas, sem a sua ajuda este livro nunca teria existido. Curioso, fui olhar o livro e o nome — O Mundo Florido de Pamela Lumley, e abri na página da dedicatória. Mais uma vez senti aquela emoção, e sorri. …e a ele, um professor de matemática, que viu este mundo florido além dos meus garranchos e rabiscos, dedico este singelo livro. Pois sem o seu incentivo, ele jamais teria se tornado realidade, pelo que estou eternamente grata. - Pamela Lumley - História de Jeremy Spencer. © The Family International
Mia Cronan, reimpressão da Web Apresentamos aqui 11 áreas com as quais vocês talvez se possam identificar, para refletirem e verem o que é importante para vocês como mães:. 1. Elogie o comportamento positivo. Teve dias em que eu me arrastei até à cama à noite, sentindo que o meu dia fora cheio de nada mais do que interação negativa com meus filhos. É uma sensação horrível e sempre me faz tomar a decisão de que não vou dizer nada crítico ou que não seja positivo no dia seguinte. Mas a verdade é que tem que haver momentos em que, para tirarmos o máximo proveito com nossos filhos, temos que lhes dizer onde erraram. Não pode ser evitado. Em vista disso, o velho ditado “Pegue seus filhos fazendo algo bom” é muito importante neste aspecto. É fácil, e necessário, dizer: “Não gosto de como você bateu a porta”, mas dá um pouco mais de trabalho também lembrarmos de dizer: “Gostei de ver você compartilhar com a sua irmã.” Esse tipo de observação imediata dá muito fruto para se conseguir um comportamento positivo. Seus filhos vão querer repetir a façanha logo que possível. E você também vai ser sentir bem de dizer essas coisas positivas! 2. Cuide de si mesmo, espiritual, física e emocionalmente. Quantas vezes já dissemos que parece que o dia não tem horas suficientes? No meu caso, vezes demais. Mas se gerenciarem o seu tempo, e eu estou aprendendo a fazer isso, tem sempre alguns minutos durante o dia para um tempinho pessoal. As mães muitas vezes ficam tanto numa de “fazer” as coisas para todo mundo e ser totalmente indispensáveis, que no final não sobra tempo para si. Tentem reservar um tempo para o seu espírito, quer seja para orarem, lerem um livro, fazerem exercícios de alongamento ou ligar para uma amiga. Muitas mães dizem que se tornam melhores mães quando cuidam um pouco daquela que cuida das crianças. Caso contrário, como é que uma pessoa pode dar quando não tem nada mais para dar? 3. Quando as coisas começarem a ficar difíceis, dê uma trégua. Antes de explodir quando as coisas ficam tensas demais, experimente recuar um pouco para se recompor. Ainda que para isso tenha que deixar um prato de mingau e leite derramado no chão por um tempinho, enquanto fecha os olhos e recupera a perspectiva certa das coisas. Será que é uma tragédia tão grande? É assim tão difícil limpar o chão? Provavelmente não é tão difícil como parece no momento, certo? Apesar das visitas estarem chegando em dez minutos e você ter acabado de passar pano no chão. Se conseguir se distanciar um pouquinho, certamente vai o incidente rolar, em vez de reagir explosivamente a ele, e isso faz uma grande diferença! 4. Esteja em sintonia com o seu marido, e falem sempre com respeito um com o outro e um do outro. Como todos nós sabemos, ter filhos abre toda uma nova e maravilhosa dimensão para o mundo do matrimónio. Qual é a coisa mais importante a levar em consideração quando tomarem juntos decisões que envolvem as crianças? Demonstrarem união. Ainda que tenham que se revezar para ceder, com um pouco de esforço vão conseguir trabalhar juntos e, como resultado, crescer juntos também. É mais importante seus filhos verem que estão unidos do que o resultado de qualquer decisão. Isso mostrará que se respeitam um ao outro e lhes dará um alicerce sólido sobre o qual edificarem seus próprios valores e caráter. Todos já ouvimos a expressão “vida familiar estável”. Acredito que este ponto é crucial para que isso se torne realidade. 5. Faça um tempo especial para os seus filhos. Como no segundo ponto, sempre conseguimos arrumar um pouco de tempo para as coisas importantes da vida. Sempre fico impressionada de ver como meus filhos reagem bem quando dedico uma hora para ler com eles, jogar um jogo de tabuleiro ou empurrá-los no balanço, e me dedico 100% a eles nessa hora. Eles precisam, e isso reflete-se em seu comportamento. Quando começam a aprontar e ficar impossíveis, muitas vezes me interrogo: “Quanto tempo de qualidade passei com eles hoje?” Muitas vezes a resposta a essa pergunta me diz por que estão aprontando! Esse tempo de que estou falando é além do tempo que passo preparando almoço para eles, limpando seu rosto, ajudando-os a guardar os brinquedos e dando-lhes banho. Estou falando de contato direto, fazendo algo divertido e até educativo. 6. Fale com seus filhos num nível de linguagem um pouco superior à deles. Faça isso e seus filhos vão ser gentilmente forçados a pegar mais vocabulário. Fala de bebê é engraçadinha, e as crianças gostam, mas será que aprendem com ela? De maneira nenhuma. A linguagem deles está se desenvolvendo a toda a velocidade, e permitir que seus filhos em crescimento se desafiem é uma ótima maneira de ajudá-los a crescer. Se falarem com eles de uma forma inteligente, seus filhos vão sair em vantagem em relação a crianças com quem se fala somente de uma forma condescendente ou usando linguagem de bebê. Kathleen Julicher, tirado do The Home Educator’s Family Times Crianças dotadas normalmente têm um nível alto de energia e pais atribulados. Você tem um filho dotado e ativo? Essa criança é normal? O que pode fazer? Vamos discutir as respostas a esta pergunta e algumas técnicas que pode usar com uma criança inteligente e ativa, coisas que podem fazer toda a diferença em o escola e em casa. Como é a criança com um alto nível de energia? Ela pode seguir um padrão de comportamento semelhante a uma criança com síndrome de deficiência de atenção (ADD) ou uma criança hiperativa (ADHD). Uma criança pode passar várias horas trabalhando em um projeto sem parar. E outra talvez tenha que estar “por dentro” de tudo que acontece ao seu redor. Normalmente, é ainda na primeira infáncia que os pais notam o problema. O bebê talvez “nunca” queira dormir, ou somente por períodos curtos. Os pequeninos talvez sejam do tipo que seguem suas mães pelos quatro cantos, o que pode ser uma distração. Quando mais velha, ela pode querer sempre receber atenção, ser “entretida” ou estar investigando algo. Essas são crianças dotadas normais e simplesmente têm um alto nível de energia. Deve-se ensiná-las a aproveitar essa energia em algo construtivo. Assim lhes darão um dom. A criança dotada pode parecer e ser como uma criança com ADD/ADHD. Especialistas nos dizem que as crianças super dotadas são erroneamente diagnosticadas como portadoras de ADD ou ADHD por causa da característica do alto nível de energia. Os médicos dão a algumas remédios para compensar uma condição que não existe; outras são colocadas em uma classe especial designada para crianças problemáticas. Mesmo assim, qualquer criança com energia má direcionada é um problema. Uma professora pode ver uma criança dotada e ativa, comparar com as crianças de sua experiência, e decidir que o problema está no nível de energia, e não por ela ser dotada; com a criança e não a rotina acadêmica. Usar o padrão curricular designado para uma criança normal em uma sala de aula normal pode causar problemas. E sobre a energia? Nós devemos ser capazes de direcionar esta energia para acompanhar o ritmo, para que a criança realmente aprenda algo, e assim, não fique sempre se metendo em encrencas. Todas essas coisas podem ser aplicadas a uma criança de três anos, mas como toda mãe de um adolescente dotado sabe, também serve para as crianças mais velhas. Aqui vão algumas maneiras de direcionar a energia: • Envolver a criança num processo de aprendizado. Se não sabe no que ela está interessada, pergunte. Se ela estiver interessada em equipamentos eletrónicos (e você não souber nada sobre o assunto)? Deixe-a explorar o campo e contar para você. Torne-se um facilitador. • Atividade física é muito importante para nossos jovens. Proporciona um escape para o excesso de energia. Dizer de repente: “Pule e faça 25 polichinelo” ou, “Faça 25 flexões curtas.” Um intervalo curto como este é bom para retomar sua concentração. • Para crianças ativas de reação emocional intensa, tente uma boa e calma música de fundo. Ensine-as a tocar um instrumento, dê-lhes tempo para brincar com ele sem tocar. • Não se esqueça das velhas regras de controle dos alimentos (evite açúcares, corantes, preservantes, alergias, etc.) reforçando regras da casa (não ponha os pés em cima dos móveis, etc.) E a criança distraída que tem energia mas mesmo assim não faz seu trabalho? Muitas crianças dotadas são muito atentas ao mundo à sua volta. Uma criança dotada pode ser extra sensível; ou seja, seus sentidos podem ser mais aguçados do que o normal. Eis algumas técnicas para manter a criança na linha e concentrada. • Remova tudo da mesa exceto aquilo no qual ela está trabalhando. • Use um relógio de cozinha para lhe dar a consciência de tempo. • Não use a cama para trabalho de casa. • Separe as tarefas em sub-tarefas fáceis de manejar. • Use uma lista de tarefas • Dê-lhe um tempo para brincadeiras usando a imaginação, mas não durante a hora de estudar. Uma criança dotada talvez tenha um nível de energia elevado, o que pode causar um problema no escola eo casa. Essas técnicas podem ajudar seu filho ativo. Lembre-se que energia é bom, e mais energia é melhor, e como outros dons, é um dom de Deus. Acompanhe-me a uma sessão num tribunal no nordeste dos Estados Unidos, onde vemos um rapazinho de uns 16 anos de idade acusado de roubar um automóvel, diante do juiz esperando a sentença.
Sentada ali perto, a mãe chora incontrolavelmente, tendo acabado de ouvir a declaração do promotor de que o jovem infrator tem sido um transtorno constante para a comunidade. O delegado de polícia anteriormente afirmara que o rapaz já fora levado à delegacia em diversas ocasiões por furto de frutas, por quebrar janelas e cometer outros atos de vandalismo. Agora o juiz, severo e frio, olhando por cima de seus óculos, lança uma avalanche de palavras duras contra o jovem, mencionando-lhe as graves conseqüências da sua delinqüência. Cada palavra do severo juiz o acerta como uma chibatada, censurando sem misericórdia o réu por sua conduta irresponsável, aparentemente procurando no seu vocabulário as palavras mais cruéis que possa encontrar para humilhá-lo. Mas o rapaz insolente encara o juiz sem se preocupar com as conseqüências ou se deixar intimidar pela bronca dolorosa. Com os lábios cerrados e os olhos lançando faíscas ele enfrenta o seu perseguidor. Quando o juiz pára um pouco para deixar suas palavras surtirem efeito, o rapaz o olha direto nos olhos e diz entre dentes: “Eu não tenho medo de você.” O juiz então, vermelho de raiva, inclina-se sobre a sua mesa e replica asperamente out: “Acho que a única língua que você entende é seis meses num reformatório.” “Pode me mandar pra lá que eu não estou nem aí”, grunhe o rapaz. Todos na sala estão tensos e entreolham-se, abanando a cabeça como se não houvesse esperança. “Esse menino é um caso perdido!” — comenta um policial. Todas as injúrias lançadas contra o rapaz só servem para incitar nele ainda mais ódio e ressentimento. A cena assemelha-se à de um leão enjaulado sendo cutucado pelo domador com um pau pontiagudo, o que instiga ainda mais a sua fúria. Nesse momento o juiz repara entre os presentes o jovem superintendente de um centro rural para recuperação de rapazes problemáticos numa cidade vizinha, a “Fazenda do Preceito Áureo”. “Sr. Weston,” diz ele resignado e num tom cansado, “o que o senhor acha deste rapaz?” O senhor interpelado aproxima-se com uma autoridade que logo gera respeito, e ao mesmo tempo com um olhar tão doce que demonstra que ele realmente entende o que se passa com os rapazes. — Meritíssimo — ele diz mansamente — esse rapaz não é difícil. Apesar da aparência durona ele está morrendo de medo e profundamente magoado. Na minha opinião ele nunca teve uma oportunidade e tem vivido desnorteado, principalmente por nunca ter sentido o amor de um pai ou ter tido uma mão amiga que o guiasse. Gostaria que ele tivesse a oportunidade de demonstrar o seu verdadeiro valor.” Fez-se silêncio no tribunal por um momento, quebrado então por um choro sufocado — não da mãe, mas do rapaz, que, totalmente desarmado pelas compreensivas e solidárias palavras do Sr. Weston, deixou cair os ombros e abaixou a cabeça, começando então a chorar. Uma palavra gentil tocou fundo no rapaz, sendo que meia hora de acusações só serviram para aumentar o seu ressentimento. O juiz tosse e ajeita nervosamente os óculos para esconder o constrangimento. O delegado de polícia que testemunhara contra o rapaz sai discretamente da sala, seguido do promotor. Após um momento de deliberação, o juiz se dirige ao Sr. Weston: — Se o senhor acha que pode fazer algo pelo rapaz, suspenderei a sentença e o colocarei sob a sua guarda. Conclusão, o rapaz ficou sob os cuidados do Sr. Weston e a partir dali nunca mais causou problemas. A atitude amistosa daquele que o defendera no tribunal determinara um novo rumo para a sua vida, ajudando a revelar as virtudes de caráter que em princípio ninguém achava que sequer existiam. — Adaptado de Clarence Westphall Você ficaria surpreso se soubesse como, muitas vezes, as crianças podem ser maravilhosamente surpreendentes! Pode ser difícil entender tudo que fazem e por que parecem se comportar mal ou contrariar suas expectativas de propósito. Às vezes, é quase impossível saber o que se passa em suas mentes, porque suas ações contradizem suas instruções ou o que você considera correto. Observará, entretanto, que, apesar do mau comportamento, elas têm um bom coração, principalmente se foram criadas corretamente e ensinadas a amar e a se importar com os outros. As crianças não vêem as coisas como os adultos, algo que não pode ser esquecido quando o seu pequeno tem uma queda para se meter em encrencas. Estão descobrindo a vida e, às vezes, o que para você parece um óbvio “não”, pode não ser tão claro na mente da criança. Por essa razão, talvez seja necessário lhes explicar por que não devem tocar algo ou reagir de uma determinada maneira. Todo dia é uma experiência de aprendizado para elas e vocês, pais, são os professores que lhes ensinam hoje coisas pequenas que vão determinar outras maiores no futuro. É preciso amor, compreensão, fé e paciência para educar os filhos. É preciso ver neles o que podem ser e seu lado bom, mesmo quando parecem ter inclinação para causar problemas. Se investirem tempo para se dedicarem aos seus filhos e lhes ensinarem a diferenciar o certo do errado, o fruto do que semeiam em suas vidas aparecerá. Seus filhos podem passar por tempos difíceis, mas se o seu amor e apoio forem constantes e mantiverem no seu relacionamento com eles um bom padrão de certo e errado, a recompensa virá, mesmo que haja momentos ocasionais de incerteza. Se continuarem orientando-os na direção certa em amor, a boa vontade sempre vencerá e, talvez, quando menos se espera. Como ensina o provérbio: “Instrui o menino no caminho em que deve andar e, até quando envelhecer, não se desviará dele”. A educação dada às crianças vai ter seu retorno no futuro. A generosidade não apenas se manifestará em algum momento no futuro, mas vocês verão seus frutos no dia-a-dia, bastando para isso estarem atentos a eles. Não se precipitem em suas conclusões, mas vejam pelos olhos da fé e das possibilidades, e seus filhos poderão surpreendê-los! © TFI. Usado com permissão. Charles e Carla Coonradt contam a história de uma baleia monstruosa, Shama, que pesa 9 toneladas, que foi ensinada no Sea World, na Flórida, a dar saltos de 6 metros fora d’água e fazer acrobacias. Como é que vocês acham que eles ensinaram a baleia a fazer isso? A abordagem tipicamente parental seria suspender uma corda 6 metros acima da água e encorajar a baleia a pular por cima dela. “Pule, baleia!” Talvez colocar um balde de peixe lá em cima e recompensar a baleia sempre que fizesse a coisa certa. Estabelecer metas! Mirar alto! Mas tanto eu como você sabemos que a baleia não ia se mexer. Os Coonradts dizem: “Então, como é que os treinadores do Sea World conseguem? Sua prioridade número um é reforçar o comportamento que eles querem que seja repetido. Neste caso era conseguir que uma baleia ou marsopa pulasse por cima da corda. Eles alteram o meio ambiente de todas as formas possíveis, de maneira a reforçar esse princípio e assegurarem que a baleia não vai fracassar. Começam por colocar a corda debaixo d´água, numa posição em que a baleia inevitavelmente terá que fazer o que se quer que ela faça. Cada vez que a baleia passa por cima da corda, recebe um incentivo positivo. Ganha peixe, recebe carinhos, brincam com ela e o mais importante de tudo é que recebe esse incentivo. “E o que acontece quando a baleia passa por baixo da corda? Nada, não recebe nenhum choque elétrico, criticas construtivas, reações pelo seu desempenho nem nenhuma advertência no seu arquivo pessoal. As baleias aprendem que comportamento negativo não recebe reconhecimento. “Incentivo positivo é o segredo desse princípio tão simples que produz resultados tão espetaculares. E à medida que a baleia começa a passar mais vezes por cima da corda do que por baixo, os treinadores começam a elevar a corda. Deve ser elevada devagar o suficiente para que a baleia não morra de fome tanto física como emocionalmente. “A lição bem simples que deveríamos aprender com os treinadores é a ser profusos nos nossos elogios. Fazer uma grande festa pelas pequenas coisas boas que queremos que sejam feitas consistentemente. Em segundo lugar, critique pouco as crianças. Elas sabem quando pisam na bola. O que precisam é de ajuda. Se criticarmos, punirmos e disciplinarmos menos do que seria esperado, as crianças não vão esquecer o acontecimento e geralmente não vão repeti-lo. Precisamos tornar difícil as crianças fracassarem, para que possa haver menos críticas e mais elogios. Palavras Para Pessoas Amadas
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